Existem muitas respostas para esta questão. Decidimos apresentar abaixo as quatro mais abrangentes, através das quais tentaremos resumir as principais motivações sociais e didáticas por detrás da escolha para abordar esta questão nas escolas.

1. As desigualdades mundiais influenciam profundamente as possibilidades de acesso a uma vida digna. Nascer num país africano em vez de nascer num país da América do Norte faz com que as diferenças médias salariais e de acesso aos direitos sejam atualmente maiores do que eram no passado entre a aristocracia e a classe dos camponeses.
2. As desigualdades mundiais são tão vastas e com tendência a aumentar (em especial se compararmos as minorias mais ricas e as maiorias mais pobres do mundo) que os seus efeitos criaram e irão criar grandes tensões em muitas regiões do globo.
3. Ainda que sejam medidas sobretudo em termos económicos, as desigualdades mundiais são uma questão altamente interdisciplinar e fornecem a chave para entender outros fenómenos globais de elevada importância: a migração intercontinental, os diferentes impactos das alterações climáticas em várias regiões do mundo, a geografia da fome, desequilíbrios em termos de acesso à educação e à saúde…
4. Apesar de constituírem um grande problema, as desigualdades mundiais são uma questão pouco conhecida e pouco debatida. O conhecimento das suas causas, da sua natureza e dos seus efeitos são o primeiro passo rumo a uma mudança cultural que chama a atenção da comunidade internacional para o problema. A escola é um desses lugares onde a mudança pode ocorrer.