Muitas sociedades têm uma história predominantemente patriarcal. Isto significa que o controlo do poder, em termos de recursos ou cargos de importância social e política, é predominantemente mantido pelos homens ainda hoje. No entanto, há também casos de comunidades matriarcais, onde a linha de descendência é desenhada através da mãe (em alguns casos, mesmo a terra e a propriedade são passadas de mãe para filha), como o povo Asante, no Gana ou o Minangkabau, em Sumatra, na Indonésia.

Durante o século 20, as mulheres mudaram progressivamente os seus costumes, hábitos, modo de pensar e de se verem a si próprias, às suas relações e as leis: esta foi definida como uma “revolução suave”, a única na história sem derramamento de sangue. É a longa e inacabada história das batalhas por direitos: direito ao estudo, direito ao trabalho, direito de voto, igualdade de oportunidades.

As mudanças sociais e as novas consciências acontecem frequentemente antes das mudanças legislativas e, muitas vezes, determinam-nas. Alguns exemplos dessas mudanças são os movimentos para o sufrágio das mulheres no rescaldo da primeira guerra mundial, que levou ao sufrágio feminino em muitos países europeus, como a Polónia, a Alemanha, o Reino Unido, a Áustria, etc. No entanto, avançar na mudança das normas de género não é necessariamente um processo linear; as mulheres tinham mais poder e direitos legais em algumas sociedades do velho mundo, como o Egito, do que em épocas posteriores. De um modo geral, hoje os governos estão a trabalhar coletivamente para proporcionar igualdade de acesso à educação, aos cuidados de saúde e ao trabalho digno para mulheres e meninas. Alguns países, como a Suécia, a Austrália e o Reino Unido, têm um Ministério para mulheres ou igualdade de género.  “A chave para a igualdade de género não reside no poder económico de um país, mas na vontade política dos seus governos “, afirmou Van der Gaag, em 2008. Há ainda um longo caminho a percorrer!

A igualdade de género permite que todas as pessoas tenham igualdade de oportunidades, direitos e acesso a recursos e serviços. Para garantir esse acesso equitativo, os governos devem comprometer-se a implementar políticas e estratégias que reequilibrem as desvantagens sociais e históricas das mulheres.

As medidas a favor da Equidade de Género podem levar a uma verdadeira Igualdade de Género.